quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

preguiça sentimental

Eu como pessoa apaixonada não sou nada apaixonante, disseram. O que considero normal mas minhas amigas consideram como "sem emoção".  Só porque sou uma pessoa que vai ao mercado sozinha sem ficar imaginando o dito cujo passeando comigo na sessão de congelados. Ou por ser uma pessoa que dorme abraçada a um ursinho de pelúcia no alto dos seus 25 anos sem ficar melindrando o espaço vago na cama. É que eu como pessoa apaixonada não faço nada dessas coisas que os filmes românticos disseminam como atitudes normais de alguém que quer ficar com outro alguém. Entendam, eu quero ficar,  mas eu quero que essa pessoa caia do céu no meu colinho. E quero estar sentada confortavelmente pra isso. Acho que não é pedir muito. Não quero lutar por outra pessoa, imagina só o trabalho que isso dá? Tenho preguiça só de pensar, sabe como é, me ataca a fadiga. Mais ou menos como a ideia de fazer academia, até gostaria mas, "não tenho tempo". Comodismo, derrotismo uma ova, bicho!, como se não bastasse o dia a dia em que eu sou obrigada a lutar por tantas coisas vem algum abestado dizer que eu PRECISO correr atrás da pessoa ~ amada ~ antes de tentar esquecê-la. Desculpa Forrest Gump, mas estou ocupada tentando não chutar o pau da barraca, me virando nos trinta pra bancar as minhas contas,  camelando pra aprender direito a ser uma pessoa independente em todos os sentidos e por aí vai. Basicamente to na luta pra comprar umas frutas que não estejam podres nessa grande feira da vida adulta e todo mundo sabe o quanto isso já é difícil. 
Lutar pelo amor? Não,  hoje não. To meio cansada. Passa outro dia.

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