sexta-feira, 12 de julho de 2013

mary kay do mal.

Hoje me percebi com 26 anos. Eu sei, desde o dia 16 de junho que eu tenho 26 anos, mas ainda não tinha “me visto” com essa idade. Se eu parar pra pensar, eu nunca me vi com 16 ou com 20 anos, por exemplo. Não é como se o número 26 fosse de alguma forma mais importante do que os que já se foram ou os que virão, apenas que ele parece se encaixar melhor comigo, agora, mesmo sabendo que estar mais perto dos 30 do que dos 20 não é lá muita vantagem. Se bem que, apesar de tantas mudanças na minha vida, algumas coisas parecem exatamente iguais a quando eu tinha 16 anos. Mas aos 16 anos eu só sabia mentir, ou omitir, melhor dizendo, e principalmente pra mim, só que isso eu não faço mais.
Convenhamos: ser adulto não tem as melhores vantagens do mundo, mas uma delas é poder arcar com as consequências das próprias escolhas e das próprias verdades, e ter o mínimo de liberdade na vida suficiente para não morrer sufocado, depende disso, de ser honesto com o que/quem merece a nossa honestidade. O que não é a mesma coisa que a balela de  ~ gritar pro “mundo inteiro” ouvir ~ seja lá o que for. Desde quando o mundo inteiro está interessado em me ouvir? Desde quando eu estou interessada que o mundo inteiro me ouça?

Hoje me percebi com 26 anos quando olhei no espelho, muito entediada com o fato de não saber passar base no rosto pra esconder minhas incríveis e reluzentes olheiras azuis.

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